A sério... tenho dias que penso que sou mesmo um bicho estranho... uma mãe estranha... sei lá...
Gosto de pensar que sou bastante relaxada, levo a minha vida a tentar ser o mais descontraída possivel (de outra forma para mim não vale a pena)...
Acho que sou uma boa mãe e adoro sê-lo... considero que me tornei uma pessoa melhor depois do Gil nascer e não consigo imaginar a minha vida em aquele pinguinho de gente... mas ontem pus-me a pensar que se calhar sou um bocado estranha... Será?
Eu explico:
Ontem em conversa com uma amiga sobre outra nossa amiga que teve um filho recentemente ela contava-me a angústia que essa nossa amiga comum estava a viver com o prospecto de ter de deixar de passar o dia todo com o filho quando voltasse ao trabalho...
Ora pus-me a pensar com os meus botões... já não é a primeira pessoa que me fala de tal sentimento... que eu, muito sinceramente, não conheço...
Se me custou deixar o Gil com 4 meses no berçário... um pouco mas nada que me angustiasse (acho que era mais ansiedade em ver se a adaptação dele às rotinas ia correr bem)... durante os primeiros 3 meses de vida do Gil eu estava perfeitamente satisfeita em ser apenas MÃE, mas no último mês confesso que já estava ansiosa por deixar de ser só MÃE e um pacote de leite com pernas, para voltar a ser Cientista, Colega, Eu... que a minha vida tivesse mais a acontecer do que as pequenas conquistas que o Gil fazia diariamente e que muito me alegravam...
Porque será? Porque é que eu não senti aquela angústia que tantas mulheres falam? Serei uma mãe mais distante? Acho que não.. aliás tenho a certeza que não...
A minha única explicação é que eu faço o que adoro! Não me imagino com outra profissão e mesmo com todas as incertezas, e por vezes momentos menos bons, sei que sou feliz com a minha profissão, e que isso me preenche profissionalmente e me faz uma pessoa mais feliz...
Sou sortuda! Sei que sim... tenho um trabalho (notem que não uso emprego, pois isso não é comum na ciência em Portugal) que adoro! Tenho um companheiro com C grande que me ajuda em tudo... Um filho capaz das maiores doçuras que me fazem derretar... Uma família que sempre me motivou e que eu adoro! Amigos com quem sei que posso contar... Uma vida preenchida!
Será por isso que eu não senti essa angústia? Ou sou simplesmente um bicho estranho?
sexta-feira, maio 31, 2013
segunda-feira, maio 13, 2013
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